
Desmistificar conceitos errados dentro do mundo da T21 (síndrome de Down), é um dos maiores objetivos do Maternidade Down.
Vira e mexe, vemos pais e mães, associando o nascimento de um filho com SD ao "luto".
Segundo o dicionário da língua portuguesa, o primeiro significado da palavra "luto" está relacionado ao "sentimento de tristeza profunda pela morte de alguém".
Queremos de fato acabar com essa associação, afinal, não existe morte, e sim nascimento, vida, coraçõezinhos batendo à espera de amor, carinho e cuidado.
Sabemos das explosões de sentimentos que acontecem no momento da notícia da T21, como por exemplo; - revolta, medo, incredulidade, culpa, tristeza, estranheza, vergonha, frustração, rejeição, negação, apatia, raiva, inconformismo, entre outros, mas jamais, o sentimento de perda.
Como em uma correnteza de água, pouco a pouco, esses sentimentos são levados para longe, sem chances de volta, dando espaço para a satisfação de ter um filho que é apenas diferente, como todas as pessoas são, umas das outras.
Como já abordamos aqui no MD, a T21 é o comprometimento genético mais comum do mundo, e só no Brasil temos aproximadamente meio milhão de pessoas com síndrome de Down, ainda assim, considerados minorias, erroneamente.
Levando em consideração que junto dessas pessoas, estão Pais, irmãos, avós, tios, primos, professores e terapeutas. Todos na luta por saúde adequada, igualdade, respeito, amor e inclusão.
Deu para entender o tamanho desse exército?
Então lutem essa bstalha, sem medo!
Somos muitos, somos grandes, e vamos vencer, dia após dia!
Chegará o dia, que ter um filho com SD, não será motivo de medos.
Chegará o dia, que os hospitais estarão preparados para guiar Pais.
Chegará o dia, que escolas e professores nem cogitarão o fato da criança ter SD.
Chegará o dia, que nossa sociedade deixará de ser tão ultrapassada.
Mas para isso a corrente não deve ser rompida, vamos juntos de braços dados, com nossos maiores escudos; - amor e garra!
Lutem, lutem!!!
21 de Março.
Dia Internacional da Síndrome de Down.
Autora: Roberta Póvoa
Imagem: Maternidade Down
Foto: Cora Bishop por Kamila Kosior.